quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Sergival, artista da terra.
Sergival, artista sergipano, faz um tremendo sucesso por onde passa com seu show Coisas do Caçua. Misturando música e manifestaçoes culturais, quadrilha junina, reisado, cangaço,oferece aos que o assistem uma bela amostra dos folguedos e sons de Sergipe. Infelizmente, opérários da cultura local não tem espaço no Encontro Cultural de Laranjeiras.
ENCONTRO CULTURAL DE LARANJEIRAS
O Encontro Cultural de Laranjeiras
O tema da Dissertação foi o estudo do folclore sergipano
São Gonçalo é um dos grupos folclóricos de Sergipe
Luciana de Araújo Aguiar, orientada pela professora Doutora Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, apresentou Dissertação de Mestrado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requesitos à obtenção do título de Mestre em Sociologia (com concentração em Antropologia). A Banca contou com a participação da professora Beatriz Góes Dantas, da Universidade Federal de Sergipe. O tema da Dissertação foi: CELEBRAÇÃO E ESTUDO DO FOLCLORE BRASILEIRO: O ENCONTRO CULTURAL DE LARANJEIRAS.
Não é a primeira vez que o Encontro Cultural de Laranjeiras, criado em 1976, para pesquisar, estudar e divulgar o folclore sergipano, é tema de estudo acadêmico, principalmente fora do Estado e até fora do País, sedimentando uma fortuna crítica que tem, também, em trabalhos sergipanos o testemunho da importância do evento, realizado no ciclo das festas natalinas, no período das manifestações de Santos Reis e de São Benedito. O Encontro Cultural de Laranjeiras sofreu mudanças, perdendo sua identidade inicial, em face de uma política cultural divergente, como registra Luciana de Araujo Aguiar na sua Dissertação. Abstraindo a discussão, vale ressaltar que o Encontro Cultural de Laranjeiras funcionou, por muitos anos, como uma Escola Aberta de Folclore, reunindo em Laranjeiras centenas de estudiosos, pensadores, do campo do folclore, da antropologia, da sociologia, da linguística, da comunicação, e de aoutras áreas de afinidades.
A Dissertação de Luciana de Araujo Aguiar aborda, com toda a clareza, a divergência surgida nos últimos anos, e resgata, através de depoimentos dos personagens envolvidos, a verdadeira história de um evento que cresceu como referência de estudos, sem perder sua característica antiga de celebração. Foi a professora Beatriz Góes Dantas quem chamou a atenção dos organizadores do Encontro Cultural de Laranjeiras, sugerindo adequar a data da realização, ao ciclo de festas natalinas e muito especialmente as festas de Reis e de São Benedito. E assim foi feito, a partir do II ECL, vez que o primeiro, pela pressa de fazê-lo, aconteceu em fins de maio de 1976. A partir de 1977 já a data próxima de 6 de janeiro prevaleceu. A própria Luciana de Araujo Aguiar acompanhou, de perto, alguns debates, como assídua frequentadora dos Encontros, o que cerca de toda a veracidade o volume de informações e crítica contidos na Dissertação.
Não é a primeira e certamente não será a útima vez que alguém destaca a história e a qualidade dos estudos dos Encontros Culturais de Laranjeiras. Há uma fortuna crítica unânime, assinada por grandes estudiosos brasileiros, portugueses, espanhóis, franceses, italianos, que tiveram a oportunidade de viver Laranjeiras em seus dias de festas e de estudos. Os Anais, embora não tenham sido completamente publicados, guardam referências e opiniões que atestam a qualidade do evento, bem como a excelência dos participantes. Bráulio do Nascimento, presente desde o I ECL, anotou diversas considerações em seus trabalhos, e ainda teve tempo de pesquisar e localizar em Sergipe narrativas populares raras, como raros são os romances coletados por Costa Fontes, da Universidade de Kent, nos Estados Unidos.
A Dissertação de Luciana de Araujo Aguiar deve circular nos ambientes acadêmicos sergipanos e deve merecer lugar destacado em Laranjeiras, pela qualidade do seu conteúdo, pela discussão que abre, pelas fontes que referencia e pela declaração de importância do Encontro Cultural de Laranjeiras como celebração e como estudos, com ilustração, referências e tudo o mais requerido por um trabalho acadêmico. Fica mais uma vez demonstrado o papel científico dos Encontros Culturais de Laranjeiras, um dos mais sérios e competentes momentos culturais de Sergipe e do Brasil, como se pode avaliar pelos estudos em circulação. O que fica faltando é a publicação do trabalho de Luciana de Araujo Aguiar, ou, ainda a promoção de um debate que possa ter a Dissertação como texto básico.
TEXTO DE AUTORIA DE LUIS ANTONIO BARRETO
100 anos de Gonzagão por Elias Santos.
Muito se falou durante o ano passado sobre o centenário de Gonzagão.Homenagem mais do que justa ao maior nome da música no Brasil, influenciador direto de várias geraçoes de artistas, entre eles o fantástico Gilberto Gil.
Destaco o trabalho de sergipano Elias Santos, mestre em xilogravuras, que publicou sua última obra " Bom dia Gonzagão" em concorrida sessão de autógrafos no Palácio Museu Olimpio Campos. Um trabalho de primeira linha, digno de nos representar em qualquer evento cultural, nacional ou internacional. Confiram e comprovem.
Pense numa coisa boa!
Além de divulgar o artesanato local, a Feira de Sergipe também oferece ao público a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as manifestações culturais do Estado. Durante os 13 dias do evento estão sendo promovidas mais de 60 apresentações de grupos folclóricos, quadrilhas juninas e artistas da terra no palco montado na Praça de Eventos da Orla de Atalaia.
Pelo local já passaram nomes tradicionais como a Orquestra Sanfônica de Aracaju, Zé Rozendo e Marluce, Caceteira do Rindu e Lourinho do Acordeon. A Feira também abre espaço para grupos como o Santana Baião da Penha, criado há cinco anos e que pela primeira vez se apresentou no evento.
" Encontramos aqui uma excelente espaço para divulgar o nosso trabalho. Esse é um dos maiores palcos em que tocamos e ficamos muito contentes com a receptividade do público. É importante para os artistas locais dispor de um local que faz questão de preservar os nossos valores", destaca o vocalista da banda, Santana Selva.
Até o final do evento, no dia 27, ainda participarão da festa a Quadrilha Junina Maracangaia, Samba de Pareia do Povoado Mussuca, Antônio Rogério e Chico Queiroga e o cantor Sergival. A escolha das apresentações, de acordo com o superintendente do Sebrae, Lauro Vasconcelos, foi baseada na busca pela preservação da cultura sergipana.
" A proposta da Feira é mostrar o que o nosso Estado tem de melhor. Assim, tentamos sempre abrir espaço para grupos que mantém viva as nossas tradições e muitas vezes não encontram oportunidades em outros eventos. Queremos sempre oferecer ao visitante a chance de conhecer mais a nossa cultura".
E foi a riqueza das manifestações artísticas que encantou a paulista Juliana Nabuco, que pela primeira vez visita Sergipe. " Eu sabia que aqui era a terra do forró, mas não imaginava que também havia uma diversidade de grupos folclóricos. Fiquei impressionada com a forma como as pessoas dançam. É possível ver no olhar de todas elas a paixão pelo que estão fazendo".
A Feira de Sergipe é promovida pelo Sebrae e prossegue até o próximo domingo, na Praça de Eventos da Orla de Atalaia, sempre das 17 às 23hs. A entrada é gratuita.
Fonte: Ascom Sebrae
Encontro Cultural de Laranjeiras: caldeirão de ritmos.
Discordo com relação às afirmativas do Senhor Secretário de Cultura de Laranjeiras, o músico Irineu Fontes, de que a apresentação de grupos musicais alheios à proposta do Encontro Cultural de Laranjeiras é imprescindível e exigência da população local.
Acredito que a festa poderia ser repensada, de forma a privilegiar os grupos musicais locais, ou engajados em uma proposta de resistência, e a população conscientizada através de um trabalho de valorização do artista local, formação de identidade (sergipanidade) e educação patrimonial, que poderia ser executado durante os meses anteriores ao encontro e aplicado durante o evento.
No Brasil existem vários exemplos de experiências desse tipo que deram certo e inibiram a interferência exagerada de culturas exteriores. É um trabalho de formigui e que precisa de longo prazo para alcançar sucesso.
A Feira de Sergipe, realizada pelo SEBRAE todo mês de Janeiro, sem a presença de bandas de fora do estado, só com manifestações culturais sergipanas tem plena aceitação do público que superlota a orla de Atalaia todos os dias. E claro que o contexto é diferente, mas a essência da ideia pode ser adaptada à capital sergipana da cultura, bastando para isso o desejo de transformação das cabeças pensantes que dirigem o município.
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