domingo, 10 de junho de 2012

CARNAVAL DO CARRO QUEBRADO

Corria o ano de 2005, quando cinco amigos – Emmanuel Dantas, Hugo Martins, José Marins Filho, Sérgio Pereira e Jackson Silva –, acostuma-dos a se reunir no Bar da Macaxeira, decidiram fundar a Confraria do Carro Quebrado. Para quem desconhece, Carro Quebrado é o antigo nome do bairro São José e na tentativa de promover ações culturais e sociais na comunidade, foi que o quinteto resolveu resgatar o Carnaval de Rua, embalado pelas marchinhas e muito frevo, que tanto alegrou as famílias da capital sergipana no passado. Mesmo sem muitos recursos, mas contando com o apoio da comunidade, a Confraria conseguiu realizar a primeira edição do Carnaval do Carro Quebrado em 2006. O radialista Emmanuel Dantas lembra que o orçamento da primeira festa foi pífio – cerca de R$ 6 mil – porém o suficiente para animar os foliões e conquistar a adesão de empresários e do poder público, que dois anos depois, já estavam apoiando a festa. A 7ª edição do Carnaval do Carro Quebrado, prévia da festa momesca na capital sergipana, aconteceu este ano, no mesmo local já denominado Largo do Carro Quebrado, prestigiando bandas sergipanas, que tocam somente frevo e marchinhas. Com o tema permanente “Carnaval Cultural do Carro Quebrado- Quem Conhece, Jamais Esquece!”, a sétima edição homenageou à única mulher que transitava livremente pela Confraria, a senhora Terezinha dos Anjos, mais conhecida como “Têca”, que foi alçada a Rainha do Carnaval do Carro Quebrado, ainda em vida. Após dois anos de sua morte, sua figura é lembrada através da boneca gigante “Têca”, confeccionada pelo artista plástico Belém. “A Têca era a pessoa que fazia o elo da comunidade com a Confraria. Ela eraresponsável pela arrecadação das doações da população interessada em fomentar o Carnaval do Carro Quebrado e sensibilizou os moradores a contribuir com a festa, principalmente, nas primeiras edições, quando não contávamos com tantos patrocinadores”, explica Érico Melo, atual presidente. Segundo o pernambucano José Marins Filho, presidente da Confraria do Carro Quebrado em 2006 e uma das testemunhas do nascimento do Galo da Madrugada, acredita que no futuro, o Carnaval do Carro Quebrado ganhe uma dimensão inimaginável. “Estamos trabalhando para isso, para que a nova geração abrace a causa e consiga, quando não estivermos mais à frente da Confraria, levar adiante esse sonho de resgate de uma tradição”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário